Sean Costello é mais um desses artistas que morreram sem ter a devida fama que mereciam. Morreu no auge, simplesmente. Infelizmente! Aos 28 de idade foi encontrado morto em um quarto de hotel em sua cidade natal, Atlanta, USA, em meados de 2008, logo após lançar seu melhor disco: “We Can Get Together”. Segundo exames médicos, o rapaz morreu por overdose de medicamentos. Mais tarde, a família revelou que Costello sofria com temperamento bipolar. Uma pena!
Com uma voz forte como a de um negro cantor de Blues de New Orleans e uma pegada na guitarra com influências de diversos estilos, Sean Costello mostrou ao mundo um SoulBlues único, autêntico e irreverente. Sem exageros, captou tudo o que os maiores mestres poderiam lhe oferecer. B.B. King, Stevie Ray Vaughan, Chuck Berry, Buddy Guy e até mesmo Eric Clapton influenciaram o guitarrista com suas belas e potentes canções. Costello, por sua vez, recriou tudo, deu seu toque genial e criou os melhores blues do século 21.
O disco “We Can Get Together” é considerado seu melhor trabalho. Um disco mais maduro, completo e bem elaborado. Costello conseguiu colocar todas suas influências no álbum, com uma voz potentíssima do soul e uma guitarra brilhante. Sem brincadeira, sua voz me tira o fôlego. (Uma das melhores vozes que eu já vi, ou melhor, ouvi!).
O mais legal de “We Can Get Together” é que Costello moderniza o blues tradicional, mantendo sua elegância e charme, mas sempre com uma leitura moderna, contemporânea. A primeira faixa do álbum, “Anytime You Want”, é o blues que melhor caracteriza o estilo do guitarrista. Uma das melhores do disco! As baladas “Can´t Let Go” e Have You No Shame” emocionam do início ao fim. Percebe-se como Costello toca com paixão, sentimento e coração nessas músicas. Sua voz arrepia!
Não vou nem comentar sobre o restante do disco. Vou deixar simplesmente que vocês tenham a própria opinião. Mas garanto uma coisa, vocês vão tirar o chapéu para esse garoto prematuro, que aos 20 anos já excursava por todos os cantos dos EUA, encantando todos que o escutavam.
Costello era fora do comum, um gênio que tocava com paixão, sentimento e entusiasmo. Simplesmente se entregava ao blues. Talvez por isso tenha sofrido tanto com sua doença e deixado a gente aqui com gostinho de quero mais.
Por Leandro Mendes
Sinopse CineMusical
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