domingo, 30 de janeiro de 2011

Jeff Beck: Performing this week... Live At Ronnie Scott´s


Pra começar, um dos melhores shows de toda a história! E não é exagero, prometo... Confesso que pouco o conhecia, mas quando ouvi e vi esse espetáculo me senti emocionado em muitos momentos.

Jeff Beck é dono de uma técnica única, de extremo bom gosto e sensibilidade para tocar cada nota de sua inseparável Fender Stratocaster. Ele utiliza a alavanca e o botão de volume praticamente durante todo o show, em toda a música. Haja coordenação!O ambiente produzido para a gravação do DVD não poderia ser melhor: um pequeno bar londrino, aconchegante, rústico e com no máximo umas 100 pessoas. Ah, como desejaria ser um desses sortudos.

A banda que o acompanha nesse show histórico é de cair o queixo. A baixista, Tal Wilkenfeld, é o grande destaque... Não deve ter mais que 25 anos e toca como os “dinossauros” que a acompanham. Sem intimidação, ela faz um maravilhoso solo de baixo na belíssima canção “Stratus”. O bar Ronnie Scott´s simplesmente vai abaixo depois de quase dois minutos de belas notas e um feelling impressionante. O baterista Vinny Colaiuta é dono de uma pegada incrível, dando ainda mais brilho para as convenções, viradas e swings do gênio Jeff Beck.

Com as principais canções de toda sua carreira, Jeff Beck presenteia seus fãs com um repertório completo, bem escolhido e muito bem executado! Do início ao fim, Jeff demonstra não ter medo algum de abusar de novas técnicas e experimentações. Um ponto alto do show ocorre quando ele utiliza seu slide para mostrar mais uma de suas invenções. Calma, aparentemente não é nenhuma novidade, mas ele utiliza seu slide de uma forma totalmente diferente! Não usa no braço da guitarra, e sim onde ele deveria utilizar sua palheta. Você pode conferir no vídeo abaixo, no final da canção “Angel (Footsteps)”. Garanto que você vai se impressionar com a forma em que ele descobre as notas em um lugar onde até então não havia!



Vale destacar a participação mais que especial de Joss Stone na sensível e bela canção “People get Ready”, originalmente gravada pelo Rod Stewart. Eric Clapton, antigo companheiro no Yardbirds, também contribui com sua guitarra e voz em duas músicas: “Little Brown Bird” e “You Need Love”.

Quase me esqueço da maravilhosa versão de uma música dos Beatles: “A day in the life”. Os arranjos ficaram excelentes, dando mais sensibilidade ao clássico dos meninos de Liverpool. Confesso, talvez tenha ficado melhor que a original.

Enfim, uma apresentação única e memorável que ficará eternizada nas estantes de muitos músicos pelo mundo afora.

Por Leandro Mendes

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Biutiful: Javier Bardem


Título Original:
Biutiful
Título Nacional: Biutiful
País de Origem: Espanha | México
Idioma Falado: Espanhol

Diretor: Alejandro González Iñárritu
Atores: Javier Bardem, Maricel Álvarez, Eduard Fernández  
Nota no imdb

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Uma trama triste, pesada, às vezes alegre. Uma história sensível, sincera e real, daquelas que a gente não deseja passar nunca na vida. O bacana é que a gente se identifica com os acontecimentos do filme e passa a sentir na pele o que Uxbal, papel de Javier Bardem, vive em mais um belo drama do diretor Alejandro González Iñárritu.

Uxbal é um Médium que vive em Barcelona, região da Cataluña, e passa dificuldades para levar a vida e sustentar seus dois filhos. Sua mulher sofre de bipolaridade, bate nas crianças e tem uma ótima profissão: prostituta. Para piorar, ele descobre que está com câncer terminal na região da próstata e lhe restam apenas 2 meses de vida. A partir daí, a história ganha emoção e ao mesmo tempo passa a ser obscura e triste, onde Uxbal intensifica ainda mais sua atuação com o contrabando da mão-de-obra de estrangeiros africanos e chineses somente para juntar dinheiro e “garantir” o futuro de seus filhos antes que parta em paz.


Basicamente, retrata o lado negro da vida de alguém que caminha em busca da felicidade e se depara com escolhas difíceis, daquelas que tiram nosso sono, nossa liberdade. Mesmo assim, Uxbal é forte e tenta, da melhor forma possível, seguir sua vida e educar seus filhos na ausência da mãe.

Uma verdadeira história de amor de alguém que passa por dificuldades inimagináveis e busca pela felicidade quase impossível em meio às adversidades da vida.

Por Leandro Mendes
Sinopse CineMusical

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Black Country Communion: Joe Bonamassa - Glenn Hughes - Jason Bonham



O primeiro álbum do grupo Black Country Communion foi um dos principais destaques de 2011, afinal, a banda é composta por grandes mestres da atualidade. O líder da banda, Glenn Hughes (ex Deep Purple e Trappeze), juntou os melhores músicos para acompanhá-lo no projeto: Joe Bonamassa, Jason Bonham e Derek Sherinian.

Bonamassa impressiona na guitarra. Com a raiz no blues e com pegada Rock and Roll, ele dá peso e feeling às músicas. Seus solos são incríveis e muito bem executados, casando perfeitamente com o restante do som e estilo da banda. Percebe-se uma sintonia fora do comum entre eles. Jason Bonham é exatamente quem estão pensando: filho do magnífico baterista do Led Zeppelin – John Bonham. Dono de uma técnica muito peculiar aos Bonham`s, Jason fez com que Black Country Communion soasse com o Led Zeppelin atual.

Derek Sherinian, monstruoso tecladista do Dream Theather, contribuiu com seus efeitos característicos de uma banda progressiva. Derek é fora do comum e também possui um bom gosto incrível, completando assim o quarteto Black Country Communion.


Segundo Glenn Hughes, esse não é apenas um simples projeto para divertir os músicos e arrecadar alguns trocados com shows. É uma reunião séria, onde todos possuem responsabilidade e colocam o projeto à frente de seus projetos solos.

A faixa “One last soul”, que lançou o grupo e ficou entre as 100 melhores da Europa, é um dos destaques do álbum. A voz de Hughes é simplesmente incrível... Não é à toa que é considerado umas das melhores vozes do Rock. Vale ressaltar a magnífica “Too late for the Sun” e a fantástica “Song of yesterday”, a qual Joe Bonamassa contribuiu com sua bela voz e um dos melhores solos de guitarra que já ouvi na vida. São pouco mais de 8 minutos que nos fazem acreditar que o bom rock-blues ainda voltará ao topo das paradas e ganhará o devido respeito.

O segundo álbum já está em processo de gravação e promete sair ainda no primeiro semestre de 2011. Contará novamente com a produção de Kevin Shirley (Iron Maiden, Mr. Big, The Black Crows, Aerosmith, Rush) e, com certeza, com a mesma qualidade musical que fez dessa reunião de gigantes um marco para o Rock!

Por Leandro Mendes
Sinopse CineMusical

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Melhor é Impossível - Com Jack Nicholson e Helen Hunt

Título Original: As Good as it Gets
Título Nacional:Melhor é impossível
País de Origem: EUA 1997
Idioma Falado: Inglês

Diretor: James L. Brooks
Atores: Jack Nicholson, Helen hunt, Greg Kinnear e Cuba Gooding Jr


"Brace yourself for Melvin"

Nota no imdb





Melvin Udall (Jack Nicholson) é um escritor romancista de Nova Yorque. Não qualquer romancista. Este é racista, anti-semita, homofóbico, misantropo e sofre de transtorno obsessivo compulsivo. Melvin tem problemas com seu vizinho Simon (Greg Kinnear) e seu cachorrinho Verdell. O maior problema é que seu vizinho é gay. Melvin tem uma pequena queda pela garçonete Carol Connely (Helen Hunt), única funcionária que o atura todos os dias no restaurante que  frequenta.

Após ter a casa invadida e ser espancado por vândalos, o vizinho Simon não tem escolha a não ser recorrer ao lunático Melvin para cuidar de seu cão. É aí que a história começa a se desenrolar de maneira surpreendente, pois Melvim se apega ao cachorro e começa a perceber o quanto as pessoas que o rodeiam tornam-se importantes em sua vida, a ponto de não poder perdê-las no seu dia-a-dia.

Melvim chega ao ponto de pagar um médico particular para cuidar do filho asmático de Carol, para que assim ela não falte ao serviço e continue a servi-lo. O amigo Merchant de Simon, agora falido, o convence de ir visitar os pais e algarinhar alguns fundos como recompensa pelos anos de maus tratos ao vizinho e seu cão. Melvin, por medo de ser assediado por seu vizinho gay, obriga Carol para ir junto. Assim, uma jornada de autodescobrimento para os três tem início.


"Melhor é impossível" mistura uma explêndida e maravilhosa combinação de belas atuações com um roteiro muito bem dirigido e adaptado por James L. Brooks. Não consigo ver alguém melhor que Nicholson para fazer o papel de Melvin. Perfeita escolha. Dá brilho e genuinidade ao filme, já que interpretar um personagem com tantas excentricidades não é pra qualquer um.

O tempestuoso e problemático Melvin ajudando a simples e carismática Carol, porém cheia de problemas pessoais, é um dos pontos marcantes do filme. Melvin não assume a ajuda como sendo por amor, mas sim para ter quem o servir com honra em seu restaurante predileto. Simon entra na história como um divisor de águas, fazendo o link no relacionamento de Melvin e Carol e ao mesmo tempo os dividindo. Interessante notar como 3 pessoas tão distintas acabam por compartilhar e descobrir que todos têm seus problemas em comum. Isso é demonstrado no filme de forma tocante e sensível.

"Melhor é impossível" é uma comédia romântica inteligente que nos mostra que nem sempre todas as previsões de uma vida de infortúnios de pessoas com problemas pessoais estão certas. A felicidade está para todos. Basta agarrar no momento certo.

Assistam a este filme memorável e tirem suas próprias conclusões.

Stay Cine!

Por DanMucura

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

The Black Crowes: Warpaint - Live DVD (Brasil)


The Black Crowes: O som certo no tempo errado!

The Black Crowes é daquelas bandas que não vieram ao mundo para ficar nas estantes e Ipod´s de grande massa da população. Isso é um fato! Mas não porque eles não sejam bons o suficiente, aliás, muito pelo contrário. Eles são bons demais, e por isso não agradam muito ao público atual.

Com um timbre bem parecido com o que Led Zeppelin e Lynyrd Synyrd usavam nos anos 70, "Os Corvos Negros" vieram aparecer na mídia nos 90. Felizmente, permanecem até os dias atuais! E o mais interessante: não fazem questão de serem pop´s para agradar a mídia e fazem um som bem tradicional, com a veia no Rock and Roll de verdade.

O disco "Warpaint", lançado em 2008, demonstra claramente que The Black Crowes tem ainda muitas estradas e palcos pela frente. O DVD do disco foi gravado durante a turnê de divulgação do álbum e registrado em Los Angeles, em 20 de março de 2008. Com uma perfomance simplesmente arrasadora, os irmãos Robinson e banda dão um show de energia, solos e convenções magníficas. Daquelas que te fazem pirar e sair tocando airguitar pela casa e cantar feito louco durante um banho demorado.

O show já começa com a melhor do álbum: "Goodbye daughters of the revolution"! A voz de Chris Robinson transmite uma energia admirável logo no começo. Uma slide guitar faz a marcação de toda a música, com frases tão bem construídas e que dão um toque a mais nas canções de Black Crowes. Aliás, o guitarrista Paul Stacey dá um show de técnica com seu slide plugado em seu dedo durante grande parte do show.



Vale destacar a balada "Oh Josephine", que inicia com uma levada de guitarra fabulosa, uma melodia sensível e uma letra que pode fazer qualquer mulher se apaixonar por qualquer um dos "Crowes". Sorte a sua, Josephine! “Movin´on down the line”, “Whoa Mule” e “There´s gold in them Hills” também fazem desse concerto algo memorável.

Enfim, são inúmeras as músicas de fazer qualquer "titio" querer voltar ao tempo e qualquer jovem desejar ter nascido nos anos 70. O bom é que "The Black Crowes" estão por aí, sempre produzindo algo novo e irreverente. Agora só resta torcemos para que eles façam uma visitinha ao Brasil, não é mesmo?

Por Leandro Mendes
Sinopse CineMusical